Arquivo mensal: agosto 2016

20 mil acessos, e um excerto

Completamos vinte mil acessos. Curiosamente, depois do Brasil, o maior número de visitantes, no último ano, veio dos Estados Unidos, não de Portugal como nos anos anteriores.

Continuamos esperando que esta humilde iniciativa ajude àqueles que, em meio ao deserto espiritual do mundo de hoje, amam a Verdade, a Oração, a Virtude e a Beleza.

A seguir, um excerto do primeiro capítulo de Tesouros do Budismo, de Schuon, ainda inédito em português.

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Frithjof Schuon

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Quando contemplamos uma paisagem, apreendemos-lhe as principais características sem sermos distraídos por tal ou qual detalhe que, se demasiado perto, de certa forma nos encerraria em seus traços particulares; de maneira análoga, quando consideramos uma das grandes tradições espirituais de forma a poder abarcar com o olhar tudo o que lhe pertence fundamental e exclusivamente, nenhuma de suas expressões essenciais nos escapa, e nenhuma esconde as outras. Continuar lendo

Os fenômenos positivos manifestam os tesouros celestes

“O reino de Deus está dentro de vós”, ou seja, na subjetividade espiritual e, portanto, transpessoal; se é assim, qual pode ser o significado de nossa vida exterior, de nossos contatos com os seres e as coisas? É que os fenômenos positivos manifestam os tesouros celestes que trazemos em nós mesmos, e nos ajudam a descobri-los e a realizá-los; aquilo que nós amamos, nós no fundo o somos, e é por isso que nós o amamos; o sujeito mais profundo alcança as margens mais felizes. É preciso ter o senso da beleza e o senso do sagrado, e também – num plano muito mais modesto – o senso do perfume divino dos prazeres naturais que nos oferece a vida deste mundo, o que implica que nós disponhamos deles com nobreza. “Eles não têm vinho”, disse a Santíssima Virgem em Caná; esta sentença pode ser entendida em diversos níveis, indo de nosso direito à vida terrestre até nossos deveres em vista da vida celeste.

(Frithjof Schuon, Raízes da Condição Humana, Kalon, 2014, pp. 67 e 68)