Mãe de todos os Profetas e matriz de todas as formas sagradas, ela [a Santíssima Virgem] tem seu lugar de honra no Islã mesmo pertencendo a priori ao Cristianismo; por este fato, ela constitui uma espécie de elo entre essas duas religiões, as quais têm em comum o buscarem universalizar o monoteísmo de Israel. A Virgem Santíssima não é somente a personificação de tal ou qual santidade, ela personifica a santidade como tal: ela não é determinada cor ou determinado perfume, ela é a luz incolor e o ar puro. Ela se identifica, em sua essência, a esta Infinitude misericordiosa que, anterior às formas, transborda em todas, engloba todas e reintegra todas.
Schuon, Christianisme/Islam, Archè, Milão, 1981, p. 103.