“Nada é mais arbitrário do que rejeitar as provas clássicas de Deus, pois cada uma delas é válida em relação a uma certa necessidade de explicação. Essa necessidade de explicação cresce não em proporção ao conhecimento, mas em proporção à ignorância.”
Comentário: Schuon explica nesta passagem, que está na nota anterior, publicada ontem, que a coisa se dá de forma simplesmente oposta ao que pensa o homem racionalista. O fundamento do conhecimento é, na realidade, não racional, mas intuitivo. Quanto maior o conhecimento intuitivo, menor a necessidade de explicação racional.
Ele diz, no começo de A Unidade Transcendente das Religiões, no capítulo “Dimensões Conceituais”:
“A filosofia, no que ela tem de limitativo — e é isso, aliás, o que constitui seu caráter específico — se baseia na ignorância sistemática do que acabamos de enunciar”.
E diz também, no prefácio do mesmo livro: “A fim de sermos absolutamente claro, insistiremos em que o modo racional de conhecimento não supera de forma nenhuma o domínio das generalidades e não atinge por si só nenhuma verdade transcendente.”
Para quem quiser ler ou reler este claríssimo e profundíssimo prefácio, ele está disponível clicando aqui:
Prefácio de A Unidade Transcendente das Religiões, de Frithjof Schuon.













