O grande Buda de Kamakura, estátua de bronze que é uma das mais célebres imagens do Japão.
“Nosso primeiro encontro, intenso e inesquecível, com o Budismo e o Extremo-Oriente ocorreu em nossa infância, diante de um grande Buda japonês em madeira dourada , flanqueado por duas Kwannon ; subitamente confrontado com esta visão de majestade e de mistério, teríamos podido dizer, parafraseando paradoxalmente César: Veni, vidi, victus sum. (*) Mencionamos esta lembrança porque ela põe à luz essa concretização profundamente impactante de uma vitória infinita do Espírito – ou esta extraordinária condensação da Mensagem na imagem do Mensageiro – que a estátua sacramental do Buda representa, e que representam da mesma forma e por reverberação as imagens dos Bodhisattva e de outras personificações espirituais, como essas Kwannon que parecem saídas de uma rio celeste de luz dourada, de silêncio e de misericórdia.”
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(*) “Vim, vi e fui vencido”, paráfrase da famosa frase “vim, vi e venci” (nota do tradutor).
Frithjof Schuon, Tesouros do Budismo, capítulo de mesmo nome, tradução inédita.