A importância das virtudes

“O homem é feito de pensamento, de vontade e de amor: ele pode pensar o verdadeiro ou o falso, ele pode querer o bem ou o mal, e ele pode amar o belo ou o feio. Ora, o pensamento do verdadeiro – ou o conhecimento do real – exige, por um lado, a vontade do bem e, por outro, o amor ao belo, portanto à virtude, pois esta não é senão a beleza da alma; assim, os Gregos, que eram tanto pensadores quanto estetas, englobavam a virtude na filosofia. Sem a beleza da alma, todo querer é estéril e mesquinho e se fecha à graça; e, de uma maneira análoga: sem o esforço da vontade, todo pensamento espiritual permanece no fim das contas superficial e ineficaz, e leva à pretensão. A virtude coincide com uma sensibilidade proporcional – ou conforme – à Verdade, e é por isso que a alma do sábio plana acima das coisas, e por isso mesmo acima de si mesma, se assim podemos dizer; de onde o desinteressamento, a nobreza e a generosidade das grandes almas. Evidentemente, a consciência dos princípios metafísicos não poderia quadrar com a pequenez moral, com o a ambição e a hipocrisia: ‘Sede perfeitos como vosso Pai no Céu é perfeito.’ “

Frithjof Schuon, Nos Caminhos da Religião Perene, neste website, 2015.

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