
O mundo é o que ele é; cabe a nós transformá-lo interiormente em ouro. O mundo como tal não nos diz respeito, só seu reflexo em nós mesmos tem importância. Os santos são os seres que compreenderam isso; eles não esperaram nada do mundo, e não tinham amargura. Eles tiraram tudo de si mesmos, por Deus e para Deus.
Um hesicasta disse que, no momento em que o homem pronuncia o Nome de Deus com uma concentração perfeita — ou um perfeito abandono —, nada o distingue de um santo. O santo é o homem que pôde “fixar” essa atitude. Deus não pede isso a nós, mas cada um deve dar o que pode.
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Frithjof Schuon, carta não datada, publicada em Vers L’Essentiel — Lettres d’un Maître spirituel, Editions Les Sept Flèches, Lausanne, 2013, p. 89.