“Uma das coisas mais difíceis de suportar é a absurdez humana; aceitá-la a título de necessidade ontológica faz parte do Islã. Há pessoas que acreditam que é virtuoso não ver o mal e fingir que o preto é branco, o que é a própria negação da inteligência; na realidade, trata-se de discernir exatamente entre o bem e o mal ao mesmo tempo em que se se resigna, não ao mal enquanto tal, mas à existência metafisicamente inevitável do mal. Tudo isto é evidente, mas eu o escrevo porque o espetáculo do mal faz sofrer e porque já é algo de santidade saber combinar um discernimento implacável com uma serenidade inalterável; a qual não exclui, aliás, a santa cólera, diga-se de passagem.”
Frithjof Schuon, carta de 7 de fevereiro de 1980.
Ultimamente a “santa cólera” tem que se esforçar cada vez mais para continuar “santa” e não virar simplesmente “cólera”. Que Deus nos ilumine.